A ouvir

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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

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'Entre les Murs' (Laurent Cantet), 'Wall.E' (Andrew Stanton), 'Coeurs' (Alain Resnais), 'There Will Be Blood' (Paul Thomas Anderson), 'We Own the Night' (James Gray), 'Hunger' (Steve McQueen), 'La Graine et le Mulet' (Abdel Kechiche), 'La Soledad' (Jaime Rosales), 'Before the Devil Knows You're Dead' (Sidney Lumet), 'No Country For Old Men' (Joel & Ethan Coen), 'The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford' (Andrew Dominik), 'The Darjeeling Limited' (Wes Anderson), 'I'm Not There' (Todd Haynes), 'The Dark Knight' (Christopher Nolan) 'Stellet Licht' (Carlos Reygadas), 'The Happening' (M. Night Shyamalan). Michael Gira (Nimas), Bonnie Prince Billy (ZDB), Extra Golden (ZDB), Black Lips (Lux-Frágil), Mão Morta (Culturgest), American Music Club (Auditório Augusto Cabrita, Barreiro), Einstürzende Neubauten (Aula Magna), Mercury Rev (Aula Magna), Nick Cave and The Bad Seeds (Coliseu dos Recreios), No Age (ZDB), Lightning Bolt (Parque Estacionamento do Camões), Gala Drop (Museu do Chiado). 'Everything That Happens Will Happen Today' (David Byrne & Brian Eno), 'High Places' (High Places), 'Micah P. Hinson and Red Empire Orchestra' (Micah P. Hinson and Red Empire Orchestra), 'Black Sea' (Fennesz), 'Versailles Sessions' (Murcof), '12 Ways to Count' (The Miserable Rich) 'Alopecia' (Why?), 'Gala Drop' (Gala Drop), 'Maldoror' (Mão Morta), 'Devotion' (Beach House), 'Lie Down in the Light' (Bonnie "Prince" Billy), 'Miracle Kicker' (Dark Captain Light Captain), 'Dear Science' (TV On The Radio), 'Silent Movie' (Quiet Village), 'Exotic Creatures of the Deep' (Sparks), 'Go Away White' (Bauhaus), 'Third' (Portishead), 'Microcastle/Weird Era' (Deerhunter), 'Come Into My House' (No Kids), 'Provisions' (Giant Sand), 'Nouns' (No Age), 'Aerial' (2562), 'I Need You to Hold on While the Sky Is Falling' (Kelley Polar), 'Volume One' (She & Him), 'Let the Blind Lead Those Who Can See But Cannot Feel' (Atlas Sound), 'Japan Pop Show' (Curumin), 'Double Night Time' (Morgan Geist), 'Vasco' (Ricardo Villalobos), 'The Essence' (Sten), 'Shedding the Past' (Shed), 'Oracular Spectacular' (MGMT), 'Fleet Foxes' (Fleet Foxes), 'The Age of Understatement' (The Last Shadow Puppets), 'Lightbulbs' (Fujiya & Miyagi), 'Saint Dymphna' (Gang Gang Dance). Cinema à meia-noite de preferência em salas vazias, ZDB não a abarrotar, Ogâmico, Esplanadas, Sessões de música nos pratos (Ogâmico, Purex, Incógnito, Left), Lounge, Left, Flur, Semsim, PES na PS3, Longos cafés e conversas à deriva com S., Alvalade XXI, Fabrico Próprio, iPod, Zooey Deschanel, Largo do Carmo, Reencontros inesperados, Amigos de sempre (e os poucos novos), Ver os filhos dos amigos crescerem, Chá quente, Cerejas. 'Dexter', 'Friday Night Lights', 'Huff', 'Weeds', 'The Wire', 'Californication', 'Generation Kill', 'It's Always Sunny In Philadelphia', The Big Bang Theory', 'Flight of the Conchords', 'Aliens In America'!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sam Taylor-Wood & Pet Shop Boys - 'I'm in Love with a German Film star'


A revisitação dos Pet Shop Boys e Sam Taylor-Wood ao original dos The Passions é por de mais respeitosa. Mais curioso é o teledisco que a acompanha, no qual o único elemento de acção é o fumo do cigarro na mão da cantora. Procure-se também a remistura de Gui Boratto incluída na edição do single, na qual a canção descola totalmente rumo a paragens bem mais inesperadas.

Amon Tobin - 'Proper Hoodidge'


Amon Tobin é brasileiro mas na sua música nada identifica a origem do autor. Este 'Proper Hoodidge' foi incluído em 'Out From Out Where', álbum de 2002 e mais um ponto de passagem no percurso de alguém que soube deixar o drum'n'bass para trás e evoluir como um dos mais interessantes estetas sonoros desta década. O teledisco que o acompanha vale por si, mas a banda sonora de Tobin torna-os a ambos (música e imagens) ainda mais inquietantes. Curioso é verificar a América Latina como local de nascimento de outros dos mais interessantes nomes em destaque na electrónica não necessariamente direccionada para as pistas de dança - o chileno Ricardo Villalobos, o mexicano Murcof (Fernando Corona) e o também brasileiro Gui Boratto.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quiet Village - 'Pillow Talk'


Vôos nocturnos a baixa altitude e sem destino definido. Iluminação difusa e pensamentos à deriva. Um dos grandes álbuns de 2008, 'Silent Movie', no seu todo, é uma perfeita banda sonora para estados de espírito. Sugere mais do que aquilo que mostra e deixa-nos à vontade para criarmos um filme próprio. Mais uma corrida, mais uma viagem...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Morphine - 'The Saddest Song'


Assombrações. É disso que se trata. Mark Sandman há muito partiu sabe-se lá para onde, mas a óptima música que fez permanece. 'The Saddest Song' é sobre alguém que se deixou escapar (provavelmente a contragosto) e volta para nos lembrar que errámos. O problema é que o faz nos sonhos, apanhando-nos desprevenidos e deixando-nos acossados e sem defesa possível. Não há muitas pessoas assim, com esse "dom".
Tenho voltado aos Morphine nas últimas semanas, coisa que não fazia há alguns anos. A sua música descarnada lembra-me o próprio Mark Sandman, figura interessantíssima mas totalmente imprevisível, com quem protagonizei um dos piores episódios da minha vida profissional, há pouco mais de dez anos. Entre exaustão mútua, tentativas de inversão de papéis e uma conversa quase sem pés nem cabeça, lá consegui escrever um texto mal amanhado e no qual tentava esconder a frustração de a entrevista não ter corrido melhor.
Recordo-me em particular do momento em que Sandman me disparou, literalmente, a pergunta "onde te vês daqui a 10 anos?". A questão vinha do nada, pois tínhamos começado a conversa há poucos minutos, e deixou-me gelado, apesar de estarmos em finais de Julho. Apesar de as coisas nem sempre serem tão favoráveis como pretendo, gostava de poder responder pessoalmente a Mr. Sandman...
Em todo o caso, 'The Saddest Song' é uma daquelas canções que ainda hoje me entorpecem até à alma. Mais ainda que a questão do falecido cantor e baixista dos Morphine a que mal consegui responder.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Go-Betweens - 'The House That Jack Kerouac Built'


De regresso ao formato canção. Os Go-Betweens assinaram alguma da melhor filigrana pop que escutei. 'Spring Rain' e 'Streets Of Your Town' são as escolhas habituais, mas 'The House That Jack Kerouac Built' sempre foi a minha favorita. Sobretudo nas versões "ao vivo", em que parecia ganhar asas e assumir uma dimensão épica nunca conseguida em 'Tallulah'. Puro drama, com um cenário dividido entre a ambiguidade da letra (em avanços e recuos agridoces e final infeliz), o violino a rasgar a carne até ao âmago e a bateria, ao fundo mas certeira, a manter o corpo vivo (Robert Forster fala de um desejo "like the living end"), mesmo que com a ajuda de ocasionais descargas eléctricas do baixo.

Brian Eno - 'The Secret Place'


As opiniões dividem-se acerca de qual o melhor álbum da fase ambiental de Brian Eno. 'Music For Airports' costuma ser referido mais vezes, mas sempre preferi o "outter space" de 'Apollo'. Não sei se por ter sido o primeiro do género que escutei. Mas, certamente, mudou o meu modo de escutar música e "olhar" para ela a partir daí, algures há quase 20 anos. Ainda hoje faz um enorme sentido esta absoluta variedade de tons e emoções prestes a desintegrarem-se no vazio. Ou então, são elas que acabam por sobrepor-se ao silêncio absoluto do espaço. Palavras para quê?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Fennesz - 'Vacuum'


Christian Fennesz cada vez mais parecido com o Brian Eno dos dias ambientais. Mas até na acalmia do novo e belo 'Black Sea' dominam os elementos de "estática" (não confundir com estética) que caracterizam o austríaco. Os dias frios e chuvosos deste Outono já invernoso pedem sons assim, contemplativos. A ouvir urgentemente antes que 2008 acabe.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Beach House - 'You Came To Me'


Acho que vou mesmo ter de engolir em seco e experimentar a taberna Maxime uma outra vez. Estes meninos são imperdíveis nesta altura. Se bem que são demasiado calmos para abafar os gritos de "duas imperiais" do selvagem empregado de mesa. Tenho medo...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Morrissey é norueguês!

Chamam-se Seaside But Still Docked, são noruegueses e soam a Smiths por todos os poros. Ainda não têm disco nem MySpace, mas podem ser escutados aqui

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

The Ditty Bops - 'Summer Rains'


É bonito. É simples. E isso chega. E fala de chuvas de Verão (agora que o de 2008 parece estar oficialmente terminado) e de apanhar mangas directamente da árvore. Por acaso, nem sequer sou grande fã de manga, mas é um fruto que fica sempre bem numa canção pop.

domingo, 12 de outubro de 2008

The Miserable Rich - 'Muswell'


A minha banda favorita da semana é um quinteto britânico, mais propriamente de Brighton. A sua música, intimista e dolente, convoca fantasmas de nomes como os Triffids, os Tindersticks, os Cousteau (do álbum de estreia) e, mais recentemente, os National e até os Arcade Fire (nos momentos menos épicos dos canadianos).
Sem pretenderem ser uma cópia de ninguém, os The Miserable Rich valem por si, como se pode aquilatar aqui ou no álbum de estreia, '12 Ways to Count'. E a provar que também têm sentido de humor (ou a sua denominação não carregasse um delicioso tom sarcástico) e não são apenas tipos negros apreciadores de ambientes fumarentos, escute-se a sua versão de 'Over and Over', original dos Hot Chip.
Sobre 'Muswell', apetece dizer que é uma daquelas canções raras e "bigger than life", que falam sobre momentos sacrificiais e das indispensáveis paciência e atenção para se atingir o pretendido (ouça-se o aparente "sangramento" das cordas). Como um segredo dito suavemente ao ouvido ou uma "bomba H sentimental" largada sem aviso prévio. O método depende do autor do atentado, obviamente, mas sempre parece mais personalizado (e menos "lame") que flores.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sparks - 'Photoshop'


Dificilmente se encontra uma banda com um sentido de humor tão certeiro e constante como os Sparks. E se pensarmos que andam pela casa dos 60s e começaram nisto em 1970 ainda temos mais motivos para gostar deles. Em registo diferente, só os Residents lhes pedem meças em longevidade com tanto "sumo". 'Exotic Creatures of the Deep' data já de 2008 e comprova o que digo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Curumin - 'Compacto'


O caldeirão multicultural que é o Brasil revela novos artistas de obrigatória atenção a cada momento. Este chama-se Luciano Nakata Albuquerque, mas responde pelo nome de guerra Curumin, com o qual acaba de gravar o segundo álbum, 'Japan Pop Show'.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Dark Captain Light Captain - 'Robot Command Centre'


A minha nova banda favorita da semana (com possibilidade de prolongamento temporal). Chamam-se Dark Captain Light Captain, são de Londres e 'Miracle Kicker', o álbum de estreia, será editado no final de Outubro. Duvido que mereçam muitas atenções, mas a música melancólica e inspirada que produzem torna-os dignos candidatos a um culto fiel. A seguir por ouvidos atentos...

domingo, 28 de setembro de 2008

Paul Newman (1925-2008)


A notícia pouco tem de surpreendente, já que o desfecho há muito era esperado. Paul Newman lutava há vários anos contra um cancro e pediu recentemente para o deixarem morrer na sua casa, com dignidade, em vez de numa anónima cama de hospital. Desaparece assim mais uma das grandes lendas da era dourada do Cinema. Ficam as memórias, em filmes como 'The Hustler' (e a sequela 'The Color of Money', que em fase avançada da carreira lhe deu o único Oscar de Melhor Actor), 'Cat on a Hot Tin Roof', 'Butch Cassidy and the Sundance Kid', 'The Sting' ou 'Sweet Bird of Youth', entre tantos outros.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Emily Haines & The Soft Skeleton - 'Doctor Blind'


A atmosfera gélida de um gigantesco centro comercial a servir de pano de fundo a uma canção à procura da "receita médica" adequada. Os sintomas são conhecidos, a cura nem por isso. Emily Haines apenas volta a repetir (mas em tom de lamento) aquilo que António Variações há muito dizia de um modo irónico: "toma o comprimido que isso passa". E daí talvez não.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vic Chesnutt - 'Cobbham Despair'


Vic Chestnutt não merece ser lembrado pela sua condição de paraplégico, mas sim pelas canções que faz. Afinal, na música não existem competições "paralímpicas". Oportunidade única para o ver ao vivo, dia 18, no Barreiro.

Giant Sand - 'Increment Of Love'


Howe Gelb é tão constante e equilibrado na sua produção que até chateia. Entre o Arizona e a Escandinávia, o novo 'Provisions' é mais um capítulo do seu livro de histórias "comuns". Desta vez vem assinado como Giant Sand. Mas isso é apenas um pormenor.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Amit Erez - 'Postcard'


Por vezes, há canções que são "a cara" de determinadas pessoas que consideramos fundamentais. Mesmo que elas nunca as tenham escutado ou o venham a fazer (espero que não...). 'Postcard' é uma dessas. Retrato em carne viva de pessoas normais, que cometem os mesmos erros e se disponibilizam para os repetir uma e outra vez, de um modo quase minimalista e até bem avisadas das consequências.
Parece monótono, irreflectido ou pouco inteligente, mas engana. As palavras que devem ser ditas estão lá, mesmo que sejam outras aquelas que surgem escritas no "postal". O importante é, acima de tudo, a intenção, o momento em que se partilha algo de precioso no silêncio. Ou, numa citação livre dos Tuxedo Moon, "o fundamental é descobrir uma forma de dizer tudo sem dizer nada".

E ao escutar a música do israelita Amit Erez, apetece colocar de parte todas as ideias feitas habitualmente associadas ao seu país. Para sublinhar o que afirmo, nada melhor que ir aqui.

sábado, 30 de agosto de 2008

James Yuill - "No Surprise"


Mais um "one man band", desta vez de origem britânica. James Yuill "cozinha" uma música que mescla a tradição do songwritting com um universo electrónico "do-it-yourself", com tanto de artesanal e infantil como de irresistível. Junte-se-lhe um sentido de humor único e está pronto a servir.
A propósito, há quem lhe chame folktronica. Para ouvir aqui.

domingo, 24 de agosto de 2008

The Gutter Twins - "God's Children"


Densa, assombrada, percorrida por uma visão oblíqua e negra da religião católica, mas ainda assim bela, a música do duo de Mark Lanegan (Screaming Trees, Queens Of The Stone Age) e Greg Dulli (Afghan Whigs, Twilight Singers) continua a desafiar aqueles que a queiram ouvir. Jools Holland levou-os recentemente ao seu programa televisivo e Lisboa pode vê-los a 8 de Setembro.
Nada de novo por aqui, mas sempre recomendável e, garantidamente, impossível de deixar alguém indiferente. Para colocar ao lado de gente como Michael Gira ou David Eugene Edwards (16 Horsepower, Woven Hand). Para comprovar aqui.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

David Byrne & Brian Eno


Vinte e sete anos após 'My Life in the Bush of Ghosts', David Byrne e Brian Eno reincidem, com 'Everything That Happens Will Happen Today'. Não será uma visionária pedrada no charco como o seu antecessor, mas sim uma colecção de 11 excelentes e maturadas canções pop escritas por dois venerandos senhores. Ainda assim, fica mais perto de 'Wrong Way Up', também de Eno mas em outra respeitável companhia, John Cale.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Cat Power - 'Lost Someone'


Versão substancialmente diferente do original de James Brown. Chan Marshall não é definitivamente uma soul-woman, mesmo que ponha uma alma enorme em tudo aquilo que canta.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Yellow Magic Orchestra (YMO) - Computer Games


Desvario absoluto. Um proto-jogo de vídeo, uma marcha fúnebre, psicadelismo demodé, música tradicional nipónica, de exploitation movies ou de desenhos animados convivem de forma mais ou menos pacífica no mesmo espaço, até com intuitos dançantes. Estes gajos foram pioneiros, aqui, no Japão ou em outro lado qualquer! E Ryuichi Sakamoto dificilmente atingiu este nível a solo, mesmo que tenha assinado grandes momentos.

E eis que...

em 2008, a Sub Pop volta a trazer alguns dos mais estimulantes sons que vale a pena escutar. Mais explosivos os No Age, mais dramáticos os Fleet Foxes. Ambos a ter em conta por estes dias.

No Age - 'Eraser'

Fleet Foxes - 'White Winter Hymnal'

domingo, 27 de julho de 2008

Mercury Rev - 'Goddess on a Hiway'


'Snowflake Midnight' só chega no final de Setembro. Até lá, recue-se dez anos e recorde-se o teledisco que Anton Corbijn realizou para 'Goddess on a Hiway'. Uma canção a duas velocidades mas de inevitável sentido único e choque frontal garantido...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sean Lennon - 'Parachutes'


Por vezes, inspiras-me. Outras, deixas-me sem sentido.
E este poderia ser o 'There's a Light That Never Goes Out' para o século XXI.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Ed Askew - 'A Manhattan Moon'


Puro despojamento. Para quê mais? A aparência engana, afinal a canção até é sobre pedir a Lua. Eremita, mas exigente.

Spiritualized - 'Soul On Fire'


Este por acaso até faz música para o Korine...
Esteve com os pés para a cova, recuperou, parece que voltou aos hábitos do costume e assinou um disco tremendo. Música "para flutuar no espaço" ou feita por alguém "que toma drogas para fazer música para tomar drogas". Ainda e sempre.

Why? - 'Song of the Sad Assassin'


Um universo virado ao contrário ou nem por isso? Em todo o caso, gostava de ver o Harmony Korine a ilustrar em imagens a música destes gajos!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Regresso aos clássicos


De 'Station to Station', um dos álbuns mais injustamente esquecidos de David Bowie. O ano era 1976 e a cocaína o combustível utilizado. Talvez por isso, este seja o disco mais assumidamente à beira do abismo do homem, com as letras a revelarem bem o seu estado de alma, inclusive com pedidos de ajuda. Seguiu-se a "limpeza" em Berlim, mas isso já faz parte de outra história...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Reincidências


O primeiro teledisco oficial para She & Him. Deliciosa dose de humor negro e desconstrução da própria imagem de Zooey Deschanel. Irreverente e irresistível.

sábado, 12 de julho de 2008

Bonnie "Prince" Billy


Quem não viu há poucas horas, ainda pode fazê-lo mais logo, no "aquário" do costume. Mais luminoso e quase sempre com um ar bastante feliz, mas sem perder nenhuma da visceral intensidade a que nos habituou, deu (mais o excelente quarteto que o acompanhou) um dos melhores concertos a que assisti nos últimos tempos.

sábado, 5 de julho de 2008

Reencontros


A vida de M. Night Shyamalan não tem sido fácil nos últimos tempos. 'The Happening', o seu mais recente filme, tem sido alvo de críticas um pouco por toda a parte. Complicado para quem atingiu um estatuto invejável com 'The Sixth Sense', obra tão aclamada como sobrevalorizada - qualquer um dos seus trabalhos posteriores é francamente mais interessante e, sobretudo, menos desonesto.
'The Happening', não sendo o melhor Shyamalan (divido-me entre 'Unbreakable' e 'Signs'), é ainda assim uma obra muito acima da média. Tem os seus defeitos, o principal o excessivo tom ecológico (devedor do lado politicamente correcto de Steven Spielberg), mas os méritos superam-nos largamente. O cineasta indiano criado em Filadélfia é um dos melhores na sua profissão a criar situações de tensão, especialmente no modo como sugere mais do que aquilo que na realidade mostra.
Nesta matéria, 'The Happening' volta a ser exemplar. A ameaça está lá, mas nunca a vemos, somente os seus efeitos. Reduzi-lo apenas a panfleto ecologista de segunda categoria ou a uma versão menor de 'The Birds', de Alfred Hitchcock, também é errado.
Bem mais interessante será olhá-lo pelo lado da descoberta e do reencontro entre duas pessoas, o casal interpretado por Mark Wahlberg e Zooey Deschanel, que se haviam afastado sem darem por isso. O percurso de fuga de Elliot e Alma serve apenas para que voltem ao ponto de partida e descubram aquilo que haviam perdido algures pelo caminho. Como história de amor, e creio que acima de tudo 'The Happening' seja isso, apesar de isto não ser algo de óbvio, o mais recente trabalho de M. Night Shyamalan é um objecto interessantíssimo e até um passo em frente na sua carreira, obrigando-nos a olhar para ele como mais que um autor de thrillers - que continua, e bem, a sê-lo.

A armadilha da inutilidade


Michael Haneke não resistiu ao "canto de sereia" de Hollywood e fez um remake plano-a-plano daquele que será, porventura, o seu filme mais emblemático, 'Funny Games' (1997). E aquilo que apetece dizer é que em má hora o fez. O realizador alemão queixa-se que boa parte da mensagem a reter dos seus filmes é direccionada para um público, o norte-americano, que não a recebe, já que não vê cinema em outro idioma que não o inglês.
Como tal, Haneke fez a vontade a esta "massa imensa" e chamou nomes bem conhecidos, como Naomi Watts, Tim Roth e Michael Pitt, para protagonizarem o novo-velho-filme. O resultado é competente mas inútil. De tal forma que acaba por cair na armadilha que sugere - mas sabendo que o cineasta alemão é provocatório por excelência, talvez a sua intenção fosse mesmo essa.
'Funny Games' (o original) era uma obra sobre a banalização da violência, culpabilizando os media por grande parte desta, e procurando estabelecer uma ponte com o espectador, de modo a chocá-lo e mesmo a agredi-lo violentamente no plano psicológico. A ideia era criar uma identificação com a família-vítima, de modo a que a audiência entrasse na pele desta - como, de certa forma, Gaspar Noé também consegue, em 'Irréversible'.
A um visionamento inicial, as intenções de Haneke cumpriam-se. 'Funny Games' (o original) resultava perturbador.
'Funny Games US' só perturba quem não conheça o original. A quem tenha visto ambos, provavelmente só provoca um longo bocejo e o sucessivo questionamento dos méritos do pioneiro. No meio de tanta indulgência e auto-vaidade, o realizador alemão cai na sua própria armadilha, o banalizar daquilo que havia conseguido antes. A violência é gratuita e tão ou mais banal que aquela que pretende criticar, colocando-nos perante um filme absolutamente inútil. E que, nesta matéria, até consegue bater aos pontos o 'Psycho' de Gus Van Sant. No naufrágio, salva-se apenas a intepretação de Michael Pitt, conseguindo com uma mistura de simpatia e inexpressividade absoluta encarnar a face do próprio Mal.

terça-feira, 3 de junho de 2008

She & Him - 'Change Is Hard'


Deve ser difícil encontrar um lote de canções mais viciante que este 'Volume One' nos dias que correm...

domingo, 25 de maio de 2008

Boris - 'Furi'

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Tom Brosseau - 'Committed To Memory'


Bom concerto. Curto e directo ao assunto, sem floreados.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Will Oldham - 'Can't Take That Away'


Will Oldham "assassina" Mariah Carey. Ou dá-lhe uma dignidade que ela nunca terá?

Talking Heads - 'The Lady Don't Mind'

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Steve Wynn - 'Manhattan Fault Line'


Primeiro single do novo e excelente álbum do ex-Dream Syndicate, 'Crossing Dragon Bridge'

quinta-feira, 1 de maio de 2008

domingo, 20 de abril de 2008

Terry Hall - 'Forever J'



Há uma dúzia de anos, esta deve ter sido uma das canções que mais consumi de um modo imoderado, ainda em cassete. Voltando a escutá-la, percebo o que me fascinou por estes lados. O quase impossível equilíbrio agridoce e à beira da lágrima fácil (mas sem nunca cair) que consegue tornar perfeito um tema pop.

Atente-se na excelência do primeiro refrão:
"Like a bee with honeyed thighs
A living hell, a slice of heaven
She is Jekyll and Hyde
Every truth and every lie"

Está lá tudo. A vertigem, o (cego) passo em frente rumo ao abismo da paixão, a mentira, o ciúme e a traição, mas também a doçura de um olhar revelador onde o Mundo se reflecte. E a referência a Isabelle Adjani (actriz de subtil beleza) é apenas a cereja no topo do bolo.

Terry Hall é um dos mais incompreendidos autores pop dos últimos 30 anos. O problema dele foi ter começado nos Specials. Os Fun Boy Three ainda o mantiveram sob holofotes. Mas Colourfield, Terry, Blair & Anouchka, Vegas e os seus discos a solo foram praticamente ignorados. Damon Albarn ainda patrocinou o óptimo projecto com o ex-Fun-da-mental Mushtaq, mas o resultado final em termos de aceitação foi igualmente discreto. Em todo o caso, fica quase como um segredo para quem se deu ao trabalho de escutar.

Definitivamente, um dos meus heróis pop.

Fun Boy Three - 'The End'


Sim, é uma versão dos Doors. E sim, é para acabar de vez com o mito. Terry Hall em grande estilo!

Electric President - 'Insomnia'

sábado, 19 de abril de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

domingo, 16 de março de 2008

terça-feira, 4 de março de 2008

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Wolfgang Press - 'I am the Crime'

When the first dog cocked a leg, I had him shot
When the first dog cracked, I broke his back
I'm running through the river saying

Life's a lie
Life's a lie

People make such a mess
And as for me, I found the Crime inside of me [saying]

Life's a lie
Life's a lie

And with my blessing burn this down
And with my blessing burn them down
As for me it's more than this, it's restlessly.
I found the crime inside of me saying

Life's a lie
Life's a lie

Singing come to me, come to me, oh come to me
With my eyes wide open
Singing come to me, come to me, oh come to me
With my father's eyes
I am the Crime

There's nobody else, nobody else
I am the Crime
With this song in the air
My intentions were clear

She came down on a bad train
She came down on the back of me
She came down on the back of me

So my life's wrapped up in time,
Oh my life is restlessly
Oh my life is not the same
Life's a lie, life's a lie
Singing come to me, oh come to me...

I am the crime
There's nobody else, nobody else¦
I am the crime

My Bloody Valentine - 'Soon'

Micah P Hinson - 'Beneath the Rose'

Tom Waits - 'Christmas card from a hooker in Minneapolis'

Orange Juice - 'Falling & Laughing'

It's Immaterial - 'New Brighton'

ZEA - 'That's Typically Them'

sábado, 26 de janeiro de 2008